Quem nunca se sentiu ansioso, exausto ou com medo devido à sobrecarga de informação nas redes sociais sobre determinados acontecimentos, sejam eleições, desastres naturais ou grandes eventos de interesse público?
Sentimos bem essa situação, por exemplo, na pandemia de coronavírus. Além de lidar com o medo de contrair a doença, tínhamos de administrar a quantidade excessiva de informação, que muitas vezes nem eram tão confiáveis assim e só serviam para confundir ainda mais nossa cabeça.
Pois esse fenômeno chama-se infodemia, que, em síntese, é uma epidemia de informação. Caracteriza-se pela distribuição massiva de conteúdo, superando muito a capacidade humana de processá-lo. Ela causa abalo ao senso crítico e pode também produzir alguns sintomas psicológicos, como exaustão, irritabilidade, ansiedade e medo excessivo, como já mencionado.
O grande volume de informação, muitas vezes não verificado, alastra-se rapidamente pela internet e redes sociais, alcançando uma imensa quantidade de pessoas num curto espaço de tempo. Isso acaba levando quem consome essas informações à confusão, pois dados e fontes contraditórios dificultam a averiguação da veracidade desses conteúdos.
Por conta disso, a infodemia vem recheada de notícias falsas, que aproveitam esse déficit no senso crítico para gerar engajamento rápido, proporcionando ainda mais dano à saúde das pessoas. Como bem sabemos, notícias falsas podem colocar a vida humana em risco, pois colaboram para a tomada de decisão equivocada em situações essenciais para o nosso bem-estar.
Mas como lidar com a infodemia? Vejamos algumas formas:
Para conviver em uma infodemia é necessário, em primeiro lugar, que haja um engajamento das instituições ligadas à educação no sentido de promover alfabetização digital de uma maneira ampla. Os internautas devem ser capazes de avaliar criticamente uma notícia e saber averiguar fontes, concluindo se confiáveis ou não.
Além disso, restringir o consumo de conteúdo somente àqueles de fontes confiáveis pode diminuir bastante o estresse causado pelo bombardeio de informação. Por aí, já temos meio caminho andado rumo à manutenção de nossa saúde mental.
Desconfiar de notícias bombásticas é outra maneira de sobreviver a uma infodemia. Normalmente, esses relatos vêm carregados de desinformação e de teorias da conspiração, o que contribui para um estado de ansiedade e medo.
Checar a informação antes de compartilhá-la também é importante. Se desconfiar, não compartilhe. Confira a veracidade primeiro. A chance de ser uma notícia falsa é muito grande.
Uma dica legal é desligar-se diariamente, por alguns instantes, de celulares e computadores para praticar uma atividade relaxante para você. Ler um livro, assistir a um filme ou dar uma caminhada são bons exemplo de lazer saudável.
Sei que no início essas mudanças nos hábitos digitais podem ser difíceis, mas com o tempo vão se tornando naturais.
A infodemia é um problema sério que vem abalando demais nossa geração. Se somada à desinformação, a mistura é explosiva. Então que tal prestar mais atenção às notícias que você consome e cuidar melhor de sua saúde mental? Seu bem-estar agradece.
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